Em entrevista para o 'Programa do Guga Noblat', na TV Meio, exibido neste sábado, 08 de junho, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) expressou sua opinião sobre a PEC das Praias, que tramita no Congresso Nacional.
No diálogo, ela teceu duras críticas aos parlamentares, apontando que no contexto de crise climática deveriam estar sendo debatidas regras para endurecer a legislação ambiental e não, uma matéria que pode afrouxá-las na beira-mar.
"É um absurdo, num contexto de crise climática, que nós deveríamos estar discutindo endurecer a legislação ambiental, o que estamos vendo é o aposto, é justamente o setor privado infiltrando aqui e comprando senadores e com o apoio de um personagem que é pária do Brasil que é o Neymar", disse.
Duda Salabert indicou ao jornalista Guga Noblat que Neymar ganhou notoriedade no futebol enganando e burlando, comparando-o ao antiherói Macunaíma.
"(Neymar) que de herói não tem nada, é muito mais um antiherói, um macunaína que ganhou a vida por meio da enganação no campo e não é um exemplo nenhum. Não vale nada, é um antiexemplo, um macunaíma brasileiro", finalizou.
O que diz a PEC das 'Praias'?
A PEC 3/22 (número 39/11 na Câmara) propõe uma nova forma de distribuição e gestão dos terrenos de marinha. A proposta inicial sugere a possibilidade de transferência desses territórios da União para particulares, Estados e municípios.
Se aprovada, a proposta permitirá que empresas de diversos setores, como resorts, hotéis, cassinos e outras instituições, possam ter controle sobre esses terrenos. Esse tipo de prática já é comum em vários destinos turísticos internacionais, como Cancún, no México, onde resorts têm praias paradisíacas privadas.
A União manteria o controle sobre praias e terrenos de marinha em áreas específicas, como aquelas destinadas ao serviço público federal, unidades ambientais federais e áreas não ocupadas.
Quem foi Macunaíma?
Macunaíma é o personagem central do livro 'Macunaíma - O herói sem nenhum caráter', do polímata brasileiro Mário de Andrade.
Na obra, publicada em 1928, Macunaíma é um índio negro cujas características mais fortes são ser preguiçoso e ninfomaníaco. Em certo momento da narrativa, mergulha num poço encantado e se transforma em um homem branco, loiro e de olhos azuis.