Os partidos nanicos no Piauí irão lançar uma quantidade significativa de candidatos nas eleições deste ano para a bancada estadual na Assembleia Legislativa.
O número é alto, soma mais de 90 candidatos, mas a pretensão ainda é reduzida: eleger menos de 10. Ainda indefinidos sobre o apoio aos cargos majoritários, os pequenos partidos já decidiram como se posicionar para continuar existindo politicamente no Estado. A estratégia é de união, de preferência, do lado da oposição.
O ex-deputado estadual e presidente do PT do B, Elias Ximenes Prado, revela que o partido está costurando alianças com o PTC, PSC, PSDC, PRT e PHS.
Ao todo, serão 54 candidatos a deputado estadual e oito a deputado federal. "São candidatos de pouca votação, mas queremos eleger, pelo menos, três", explica.
Segundo ele, será feito um "trabalho intensivo" para eleger deputados e alcançar "prestígio" junto ao futuro Governo em 2011. O presidente do PT do B faz uma ressalva às coligações com tantas siglas que possuem em comum o pequeno número de coligados. "Só não vamos nos juntar com o PT", diz.
A média de votos de cada candidato, conta Ximenes, é de 10 mil votos. Os atuais cálculos para eleger um deputado estadual no Estado, no entanto, somam cerca de 60 mil votos.
Estudada com cautela pelos grandes partidos, como o PSDB, que recusou a coligação proporcional em 2006, e o PDT, que opta tradicionalmente por sair sozinho, o bloco dos nanicos é visto como "salvação" para conseguir emplacar relevância política - e cargos - no cenário administrativo local.