A ministra Anielle Franco, responsável pela pasta de Igualdade Racial, andou expressando suas visões sobre o assassinato de sua irmã, Marielle Franco, durante uma entrevista à GloboNews nesta segunda-feira (24). Segundo ela, há indícios de que o motivo por trás do brutal assassinato da ex-vereadora não se restringe apenas a motivações políticas.
Para Anielle, a irmã dela não foi morta por um sentimento de vingança. "Eu sigo com esperança. Eu sinto que em breve vamos ter um mandante, e o motivo. Eu não acredito que o motivo seja só por motivações políticas ou por vingança", disse a ministra.
A irmã de também classificou o avanço das investigações sob a alçada da PF como um "passo importante". "Mas eu não acredito que está encerrado. Espero que a gente possa ter um resultado à frente, e não daqui cinco anos. Não é hora de baixar a guarda, nem de a gente afirmar nada com certeza", acrescentou Anielle.
Ao longo das apurações do crime, o caso teve cinco delegados responsáveis na Polícia Civil do Rio antes ser assumido pela PF. Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou a operação Élpis no Rio de Janeiro, cumprindo um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão. O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel e amigo de Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos tiros que resultaram na morte de Marielle, foi o alvo detido durante a ação.
Após a operação, o ministro Flávio Dino disse que ela foi possível devido ao acordo de delação premiada de Élcio de Queiroz. Segundo o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Queiróz assumiu que participou do assassinato de Marielle com Ronnie. Suel participou de ações de "vigilância e acompanhamento" de Marielle antes do assassinato, e depois, ajudou a encobertar o crime, disse o ministro.
(Com informações da Folhapress)