
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 33 pessoas por trama golpista, além de Jair Bolsonaro (PL). Os denunciados são acusados de cometer os seguintes crimes:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
- deterioração de patrimônio roubado.
Segundo a denúncia, formulada pelo Ministério Público Federal e oferecida ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral, Paulo Gonet, o plano de golpe tinha como líderes o então presidente e seu candidato a vice, o general da reserva Walter Braga Netto. A dupla, aliada a diversas outras pessoas, dentre civis e militares, tentou impedir que o resultado da eleição presidencial de 2022 fosse cumprido.
confira a lista de denunciados:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército acusado de intermediar inserção de dados ilegal em cartões de vacinação contra Covid-19;
- Alexandre Rodrigues Ramagem, deputado federal, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e delegado da Polícia Federal. Concorreu à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024 pelo PL, mas perdeu para Eduardo Paes (PSB) no 1º turno;
- Almir Garnier Santos, almirante da reserva e ex-comandante da Marinha;
- Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro;
- Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva do Exército;
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de integrar núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro contratado pelo PL para questionar vulnerabilidade das urnas eletrônicas durante eleições de 2022;
- Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista;
- Filipe Garcia Martins Pereira; ex-assessor da Presidência da República que participou da reunião que tratou da minuta de golpe;
- Fernando de Sousa Oliveira;
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e um dos responsáveis pelo monitoramento clandestino de opositores políticos;
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel e ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia que desmaiou quando a PF bateu à sua porta;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Barbosa Cid;
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, ex-deputado, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército;
- Marcelo Araújo Bormevet, policial federal suspeito de integrar o esquema de espionagem ilegal conhecido como "Abin paralela";
- Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Márcio Nunes de Resende Júnior;
- Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro. É suspeito de participar de um grupo que planejou as mortes de Lula, Alckmin e Moraes;
- Marília Ferreira de Alencar; ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
- Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel do Exército (afastado das funções na instituição);
- Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército suspeito de participar de trama golpista;
- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário e neto do ex-presidente do período ditatorial João Figueiredo;
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa, general da reserva e ex-comandante do Exército;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo "kids pretos";
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
- Ronald Ferreira de Araujo Junior, tenente-coronel do Exército;
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel que integrava o "núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral";
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), preso em 2023 por interferência nas eleições presidenciais. Foi solto em agosto de 2024 e, em janeiro deste ano, se tornou secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José (SC);
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022, general da reserva do Exército;
- Wladimir Matos Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel em que Lula ficou hospedado na transição. Ele é suspeito de participar de grupo que planejou as mortes de Lula, Moraes e Alckmin.
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