O deputado federal Nazareno Fonteles (PT) rompeu o silêncio e voltou a bater forte em relação ao quadro sucessório estadual. O parlamentar radicalizou nas declarações ao afirmar que o PT não pode apoiar a candidatura do senador João Vicente Claudino (PTB) encabeçando a chapa da base governista. Fonteles chegou a afirmar que a candidatura do senador petebista seria ?intragável?.
O argumento do parlamentar é de que a escolha do nome do senador João Vicente seria contra o documento aprovado no encontro nacional do partido, realizado em Brasília. Por conta disso, ainda na tarde de ontem, o petista foi ao diretório estadual do partido para entregar um documento solicitando providências do presidente do partido para que se ?cumpra com o dever? de convocar uma reunião antes de ser anunciada a decisão do nome que representará a base. ?E alerte ao governador que não anuncie algo que contrarie a decisão do diretório?, completa.
Fonteles ressaltou que a maioria dos petistas faz coro às suas declarações. ?Não temos nada contra uma pessoa ser rica e ser candidato. Mas o PT tem a ideologia de defender a justiça social. Por este motivo, não tem como a base ser encabeçada por um empresário?, explica, acrescentando que, caso isso aconteça, seria uma ?incoerência ideológica?.
Reconhecendo que ?o partido tem um problema sério para resolver?, o deputado enfatizou que a decisão do PT é pela defesa da candidatura do secretário Antônio José Medeiros e que as opiniões dos membros petistas devem ser ouvidas. ?Precisamos dizer para ninguém ficar enganado. Todos temos direito de expressar nossas opiniões, faz parte da democracia e da liberdade de expressão?, frisa, ressaltando que irá recorrer da decisão até a última instância da militância petista.
Nazareno Fonteles destacou que, entre os quatro pré-candidatos da base governista, o secretário Antônio José Medeiros é o que tem o maior compromisso na continuidade do projeto de desenvolvimento do Estado e descartou ?subir em outro palanque? que não seja petista. ?Não existe a maior chance. Tenho que honrar minha dignidade?, finaliza. (M.M)