A crise diplomática entre Brasil e Nicarágua ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (8), com a expulsão de Fulvia Castro, ex-embaixadora nicaraguense em Brasília, pelo Itamaraty. A decisão de expulsar Castro ocorreu em resposta à remoção do embaixador brasileiro em Manágua, Breno Souza da Costa, na véspera. O governo nicaraguense anunciou que Castro será nomeada Ministra de Economia Familiar no governo de Daniel Ortega, uma ação que reflete a deterioração nas relações entre os dois países.
expulsão do diplomata brasileiro
O incidente começou quando o governo nicaraguense determinou a expulsão do diplomata brasileiro após sua ausência na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. A decisão foi uma retaliação ao congelamento das relações diplomáticas pelo Brasil, que ocorreu em abril em resposta à prisão de padres e bispos pela administração de Ortega. O Itamaraty havia instruído Souza da Costa a não comparecer ao evento como parte de uma sanção contra o governo nicaraguense.
repressão nicaraguense contra a Igreja Católica
As relações entre os governos Lula (PT) e Daniel Ortega, outrora aliados, vêm se deteriorando devido à repressão do governo nicaraguense contra a Igreja Católica e a negativa de Ortega em liberar o bispo Rolando Álvarez. A situação gerou uma crise diplomática significativa, com o Brasil tentando mediar entre o Vaticano e Manágua, sem sucesso. A expulsão dos embaixadores destaca a crescente tensão e o afastamento entre as duas nações.
O governo da Nicarágua ainda não comentou oficialmente sobre a expulsão do diplomata brasileiro até a última atualização. A medida reflete uma piora nas relações entre Brasil e Nicarágua, que têm sido marcadas por tensões diplomáticas e acusações mútuas. A Nicarágua, sob a liderança de Ortega, tem enfrentado críticas internacionais por sua postura autoritária e repressiva, enquanto o Brasil continua a se distanciar do regime nicaraguense.
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