Na Câmara dos Deputados o processo de impeachment foi conduzido pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB), alvo de várias investigações pela Lava Jato. Agora no Senado, o processo segue no comando de Renan Calheiros (PMDB) que também é investigado no esquema da Petrobras.
De acordo com contagens, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), é alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal em relação a Lava Jato. Ele responde ainda a outro processo em tramitação na Corte em que é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior em troca de emendas parlamentares.
De acordo com as investigações, o empresário Claudio Gontijo, lobista da empreiteira, teria feito pagamentos a Mônica Veloso, jornalista com quem o senador teve um relacionamento extraconjugal. Em 2007, o processo levou Renan a renunciar à presidência do Senado para escapar da perda de mandato. O parlamentar diz já ter dado as devidas explicações sobre o assunto.
Na Lava Jato, a Procuradoria Geral da República (PGR) investiga se o peemedebista cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, o doleiro Alberto Youssef teria prometido dar R$ 2 milhões a Calheiros para evitar a instalação de "uma CPI da Petrobras".
Também em delação, o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que Renan recebeu US$ 6 milhões por meio do lobista Jorge Luz, apontado como um dos operadores de propinas, referentes a um contrato de afretamento do navio-sonda Petrobras 10.000.
Nos dois inquéritos abertos mais recentemente no STF, Renan é investigado por supostas irregularidades em contratações na Transpetro e por suposto conluio com o senador Aníbal Gomes (PMDB-CE) para facilitar a contratação de empresas pela Petrobras.