No El País, Lula defende que só quem está fora da guerra pode pará-la

Lula enfatizou que somente aqueles que estão de fora do conflito podem ajudar a encontrar uma solução pacífica

No El País, Lula defende que só quem está fora da guerra pode pará-la | Ricardo Stuckert/PR
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Nesta quinta-feira (27), o presidente Lula (PT), foi destaque na edição impressa do jornal espanhol El País por seu empenho em buscar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Durante sua visita à Espanha nos últimos dias, o presidente se reuniu com empresários locais, o primeiro-ministro Pedro Sánchez e o rei Filipe VI.

Na capa do jornal, foi destacada a frase dita por Lula: "Só os que estão fora da guerra podem pará-la". Ao ser questionado sobre o conflito, Lula condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia, mas ressaltou a importância de concentrar esforços para retomar o diálogo entre os dois países em conflito. Para alcançar o fim da guerra, o presidente brasileiro pretende criar um clube de países neutros que possam intermediar as negociações.

Lula enfatizou que somente aqueles que estão de fora do conflito podem ajudar a encontrar uma solução pacífica. "Só quem está de fora pode ajudar a construir uma engenharia capaz de frear essa guerra", afirmou o mandatário em entrevista ao El País.

"O Brasil condena porque a Rússia não tem o direito de invadir o território ucraniano. Então os russos estão errados. Ou você alimenta a guerra ou tenta acabar com ela. Para mim é mais interessante falar sobre acabar com esta guerra. E ninguém fala de paz, só eu. Fui falar com Joe Biden, com Olaf Scholz, com Xi Jinping, com Emmanuel Macron. É preciso se encontrar para acabar com esse conflito. E isso só pode ser feito se dois negociarem em uma mesa. É o que eu defendo", detalhou Lula. 

O presidente ainda sugeriu que o conflito russo-ucraniano possa estar ligado a "interesses eleitorais". "Putin acredita que tem razão, e Volodymyr Zelensky, invadido, tem o direito de se defender. Então, quem vai acabar com a guerra? Preocupa-me que esta guerra esteja ligada a interesses político-eleitorais. Isso já aconteceu outras vezes no mundo e não acho justo que haja uma guerra sem que ninguém construa a paz. Vou tentar fazer isso".

(Com informações do Brasil 247)

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