Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), referente ao ano de 2017, aponta para um panorama do setor previdenciário nos entes federados, considerado o maior gargalo das administrações públicas em todo o país; o levantamento, coordenado pelo pesquisados Claudio Hamilton dos Santos mostra que no Piauí, cerca de 23,6 mil servidores têm direito a aposentadoria especial, destes, a maioria é composta por docentes, cerca de 16 mil.
Segundo o IPEA, os dados dos quantitativos de policiais civis foram todos extraídos da Estadic, haja vista que os números da Rais se mostraram, em sua maioria, erráticos. “As estimativas reportadas sugerem que o percentual de segurados com direito a aposentadorias especiais no total dos segurados ativos dos RPPSs estaduais é próximo de 50%, em média. As estimativas dão conta, também, que, em média, 27,7% dos servidores estatutários e militares estaduais ativos em 2013 eram docentes da educação básica, 17,6% eram militares e 4,2% eram policiais civis. Os dados (amostrais) da Pnad apontam números um pouco menores, com percentuais estimados de 28% para os docentes, 9,7% para os militares e 2,6% para os policiais civis, mas, ainda assim, muito significativos”, indicou o pesquisador.
No levantamento, Claudio Hamilton mostra que o peso das aposentadorias especiais no RPPS (Regime Própria de Previdência Social) dramatiza o quadro apresentado na área nos Estados. Nas regras atuais, os policiais e bombeiros militares, em particular, tendem a se aposentar por volta dos 50 anos de idade. “Neste último caso, o forte aumento do peso relativo dos militares acima de 40 anos verificado entre 2006 e 2015 indica que um enorme contingente perto de 40% de todo o efetivo atual de militares estaduais deverá se aposentar na próxima década”, sinalizou.