Com a luta para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e que haja a garantia das condições necessárias à prática profissional, uma ação do Ministério do Trabalho no último final de semana resgatou um grupo de 54 trabalhadores, dentre eles quatro adolescentes, em situação degradante e análoga à escravidão, no município de Baixa Grande do Ribeiro, no Sul do Piauí.
De acordo com o Ministério, eles estavam em uma fazenda de cultivo de soja, onde faziam a limpeza manual de área agrícola catando raízes da terra. As pessoas estavam sem registro em carteira e não utilizavam qualquer equipamento de proteção individual. “Eles faziam a limpeza manual da área agrícola, realizando a catação de raízes da terra sem nenhuma proteção ou suporte”, explicou o auditor fiscal do Trabalho Robson Waldeck.
De acordo com o representante da pasta, os entes teriam vindo de municípios do Piauí e Maranhão e estavam alojados em barracas de plástico, tendo de usar a área de mata como banheiro. Assim, segundo o órgão, a equipe de fiscalização que realizou a operação constatou que as refeições eram feitas em local inadequado e sem nenhuma higiene, na própria área de atividade. Nenhum dos trabalhadores havia realizado exame médico admissional obrigatório, sendo submetidos a jornadas excessivas de trabalho pelo empregador.
Por fim, o Ministério do Trabalho divulgou oficialmente que após serem notificados pela fiscalização sobre as irregularidades, que ferem a Legislação Trabalhista, os donos da fazenda tiveram de arcar com o pagamento de todos os direitos trabalhistas às pessoas resgatadas. Os trabalhadores do grupo que têm direito receberão três parcelas do Seguro-Desemprego.