O deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara), publicou em sua conta no Twitter neste sábado (30) mensagem em que diz agradecer as pessoas que o xingam, pois isso o faria "sofrer, chorar e orar".
"Agradeço aos que me xingam, caluniam pois sem vocês eu não sofreria. Ao sofrer eu oro e choro e quando choro ELE me conforta. Deus abençoe vocês", escreveu Felicano.
Na rede social, ele agradeceu às "pessoas de todas as tribos" e "de todas as religiões" pelo aopoio dado ao seu trabalho no comando da CDH.
"Agradeço o apoio dos pais e mães de todas as religiões, inclusive aos que não tem religião, e que ao me encontrar dizem: NÃO DESISTA PASTOR", escreveu o pastor no microblog. "Agradeço as milhares mensagens de apoio. Agradeço aos milhões de irmãos de todas as "tribos" que tem levantado sua voz em oração ao meu favor", continuou.
Pastor da Igreja Assembleia de Deus há 14 anos, formado em Teologia e em seu primeiro mandato na Câmara, Marco Feliciano foi eleito no dia 7 de março pelos deputados que integram a CDH para comandar a comissão. Feliciano é criticado por entidades ligadas aos direitos humanos por acusações supostamente racistas e homofóbicas e vem sofrendo pressões para renunciar ao cargo.
Em sua conta no Twitter ele causou polêmica ao escrever, em 2011, que "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé".
Feliciano tem enfrentado pressão para renunciar ao cargo. Na última quarta-feira, dois manifestantes foram detidos pela Polícia Legislativa da Câmara. O primeiro chamou Feliciano de "racista", e o deputado pediu que a polícia "tomasse as devidas providências". O segundo tentou invadir o gabinete do deputado e foi impedido pelos agentes.