A Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma denúncia contra uma mulher do Paraná envolvida nos eventos golpistas de 8 de Janeiro de 2023, onde supostamente planejou uma "investida para a tomada de poder", sem definir um fim para as ações, em suas próprias palavras.
MENSAGENS VIOLENTAS - Uma das mensagens encontradas pelos investigadores em um celular apreendido dizia: "Bolsonaro deveria entrar no STF com uma metralhadora e atirar em todos os ministros, kkk". Os detalhes da denúncia foram divulgados neste domingo, 28, pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo. De acordo com a PGR, Shirley Faethe de Andrade expressou em um grupo de mensagens a natureza violenta do ato: "preparem as máscaras de gás, pano úmido e água no cantil, spray de pimenta, colete, capacete; bala de borracha não vai faltar".
8 DE JANEIRO - Após a depredação de parte do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, ela teria adicionado, conforme a denúncia: "daqui não sairemos até que a GLO seja decretada" e "só saímos se o Exército vier. Senão, vamos presos".
DENÚNCIAS - A PGR apresentou ao STF 1.113 denúncias relacionadas ao inquérito sobre os autores intelectuais e instigadores das invasões, e 270 denúncias na investigação dos executores dos atos. Os ataques também resultaram em 1.645 prisões, das quais 1.557 resultaram em liberdade provisória mediante medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
Atualmente, 88 pessoas estão presas, sendo que 13 delas já foram condenadas, enquanto 42 são alvo de denúncia e 33 estão sob investigação.