A Polícia Federal (PF) revelou a existência de uma nova joia que teria sido enviada aos Estados Unidos a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme a investigação, emissários do ex-líder tentaram negociar a peça em território americano, sem sucesso. A emissora CNN divulgou essas informações nesta segunda-feira (10).
A descoberta da PF ocorreu recentemente, após investigações nos Estados Unidos. Um depoente relacionado a uma das joalherias mencionou que a joia é incrustada de pedras preciosas e tem um valor significativo. O paradeiro da peça ainda é desconhecido, e suspeita-se que Bolsonaro tenha recebido o objeto como presente de um país do Oriente Médio durante seu mandato.
Segundo a CNN, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, deverá ser ouvido pela PF nos próximos dias. O objetivo é obter mais detalhes sobre a origem, o tamanho e o destino do objeto. A investigação sugere que a nova joia não foi recomprada por aliados de Bolsonaro após o TCU ordenar a devolução dos itens.
RETA FINAL DO INQUÉRITO
A Polícia Federal investiga se Jair Bolsonaro se apropriou indevidamente de joias milionárias dadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou que a apuração deve ser concluída até o fim de junho. Recentemente, a PF obteve imagens exclusivas e realizou entrevistas que confirmam informações sobre a venda e recompra ilegal das joias do "kit ouro branco".
O "kit ouro branco" recebido por Bolsonaro na Arábia Saudita em outubro de 2019 incluía anel, caneta, abotoaduras, rosário islâmico ("masbaha") com diamantes e um relógio Rolex vendido separadamente na Pensilvânia. O valor total foi estimado em pelo menos R$ 500 mil.