A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu nesta quinta-feira, 11, decisão que autoriza a abertura de inquérito para investigar o deputado federal Luciano Bivar (União-PE), por supostas ameaças ao novo presidente da sigla, Antônio Rueda (União-PE). O caso está em segredo de justiça.
O que aconteceu: A defesa de Rueda acionou o Supremo e solicitou que o caso fosse investigado. Duas casas de Rueda localizadas na Praia de Toquinho, em Pernambuco, foram incendiadas em março, uma casa era do deputado e a outra da sua irmã. No período, Bivar negou qualquer relação com o episódio e disse ser vítima de "ilações".
A Polícia Científica de Pernambuco fez perícia e chegou à conclusão que incêndio foi criminoso e agora avalia possíveis vestígios biológicos que podem indicar a autoria do crime. A Secretaria de Defesa Social relatou que a perícia é somente uma das etapas do inquérito. "A investigação segue em andamento sendo realizadas tomadas de depoimentos e outras ações para o completo esclarecimento da autoria e do modus operandi".
Briga: Rueda atribuiu o incêndio a Bivar, que perdeu a liderança do União Brasil. A PGR entrou com pedido para investigar Bivar por supostas ameaças, no entanto, o deputado nega que tenha ameaçado Rueda, porém já chegou a afirmar a Rueda que "acabaria com a raça política dele".
Com 59 deputados, o União Brasil é a terceira maior bancada da Câmara e possui sete senadores e quatro governadores.