O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou nesta segunda-feira (1º) uma "recomendação" à Câmara dos Deputados pelo afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Casa.
O documento será enviado à Câmara e também ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deve analisar pedido de afastamento já feito pela Procuradoria Geral da República.
Segundo a assessoria da entidade, o Conselho da Ordem fez a recomendação "pelo bem da instituição" da Câmara e das investigações em andamento contra o próprio deputado. Caso o Conselho de Ética da Casa venha a concluir que ele quebrou o decoro parlamentar, a OAB passará a defender a cassação de seu mandato.
"Pelos fatos e pelas notícias que temos, é importante a manifestação do Conselho Pleno da OAB. Estamos sendo demandados pela sociedade sobre o eventual afastamento do presidente da Câmara. Queremos uma manifestação conjunta da OAB sobre o assunto", afirmou, segundo a assessoria, o presidente recém-empossado da OAB, Claudio Lamachia.
Ao ser questionado por jornalistas sobre a recomendação da OAB, Cunha disse que tem uma "contenda" antiga com a entidade. "A minha contenda com a OAB é antiga. Todos conhecem já. A polêmica não é com os métodos, é contra a ordem mesmo, contra o exame, contra muitas coisas da ordem, não tem eleição direta, uma série de coisas", disse Cunha.