O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), subiu o tom e chamou o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) de oportunista, durante a reunião entre os senadores da CPI desta quarta-feira (25).
A discussão começou após o senador cearense insistir na convocação de prefeitos para prestarem depoimentos. "Toda sociedade brasileira que tem o mínimo de inteligência sabe que vossa excelência tem um único objetivo: é que a gente não investigue o porquê que não comprou vacina. E vossa excelência, que não entende patavinas de saúde, quer impor a cloroquina na cabeça da população. Vossa excelência é, repito, um oportunista", disparou Aziz.
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Momentos antes da retomada das atividades abertas ao público, os senadores se reuniram de forma sigilosa para alinhar as expectativas sobre a aprovação ou não de requerimentos de convocação. Girão, no entanto, negou ter aceitado fazer os acordos mencionados por Aziz.
"Quero divergir dos colegas respeitosamente, porque eu não concordei com acordo de não olhar para prefeitos. A demanda é clara: Estados e prefeituras. Se o critério é capital, tem que entrar capital. Mas, o que eu quero fazer pedido, é um requerimento meu que quero fazer extrapauta, é para o diretor-geral do Consórcio Nordeste, doutor", disse o senador.
Para ele, a questão precisaria ser apurada mais detalhadamente. Sem deixar o senador terminar sua fala, o presidente da CPI disse que o pedido foi indeferido. "Seu pedido está indeferido. Não precisa me explicar mais nada não", disse Aziz. Girão retrucou, perguntando se estava autorizado a terminar o pedido no tempo de fala que havia sido concedido a ele, ao que Aziz negou.
No encontro, os parlamentares aprovaram nomes dos próximos a serem convocados a depor como testemunhas diante do colegiado. Na ocasião, o requerimento de convocação do governador Wellington Dias, do Piauí, foi aprovado. Ele não estava na lista de governadores que seriam chamados inicialmente, mas após reunião entre os integrantes foi incluído por acordo. Além dele, houve a reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga,