O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal e líderes de manifestações contra o governo registraram em cartório nesta quinta-feira (15) um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O pedido será encaminhado para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode aceitá-lo ou rejeitá-lo.A intenção dos autores do pedido era entregar a petição a Cunha ainda nesta semana, na sexta-feira (16). Entretanto, segundo O Estado de S. Paulo, eles mudaram o plano porque nenhum líder partidário estará em Brasília nesta sexta.
O pedido deverá ser entregue na próxima terça-feira (20). Segundo a oposição, o novo pedido avança nos já protocolados na Câmara porque apresenta argumentos sobre "pedaladas fiscais" que teriam sido cometidas pelo governo em 2015, no segundo mandato da presidente Dilma.
A oposição tinha interesse em adicionar esses argumentos nos pedidos que já tramitam na Câmara, mas após decisão do STF contra o "rito do impeachment" de Eduardo Cunha, eles decidiram entrar com novo processo.
Ao registrar o documento em cartório, os autores criticaram a decisão do STF contra o rito do impeachment. "O Supremo decidiu de acordo com o PT", afirmou Bicudo, segundo o G1. O jurista também defendeu Eduardo Cunha, alvo de acusações de corrupção. "A pessoa física é que está sofrendo o processo, não o presidente da Câmara", disse, segundo a Folha.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, disse que o novo pedido de impeachment tem todos os elementos para ser aceito por Cunha. Além disso, ele afirmou que o PSDB não assinará a proposta de cassação de Eduardo Cunha, apresentada pelo PSOL, porque a sigla é "linha auxiliar do PT".