Pacientes que necessitam de alimentação especial diariamente de diferentes tipos estão há três meses sem receber pela Prefeitura de Teresina, que deveria fazer o repasse mensal através da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
As denúncias de faltas constantes da alimentação são frequentes, mas a atual situação atingiu um nível insustentável, pois sem a oferta da FMS, os pacientes estão sendo obrigados a comprar a alimentação no setor privado, pagando altos valores.
Para a Vitória Letícia, que é filha de um paciente que realiza tratamento contra um câncer e necessita da alimentação especial, a situação só não está pior porque, no momento, o seu pai se encontra internado e recebe a dieta no hospital.
"A sorte é que o pai está internado e lá o hospital fornece, mas toda vez a minha mãe liga e eles falam que ainda não chegou, e a gente tá preocupadoporque ele vai ter alta e lá em casa só tem quatro litrinhos. Quem não tem condição de comprar morre de fome".
Essa é a mesma situação de Rogério Rodrigues, que realiza tratamento na capital após ter sofrido um AVC. Ele só pode se alimentar por meio de uma sonda por onde somente a alimentação especial consegue ser utilizada. No seu caso, já são três meses comprando a dieta especial. O custo chega a R$300 por semana.
O MeioNorte.com procurou a Fundação Municipal de Saúde para falar sobre o atraso e apontar uma possível data para normalização da distribuição dos alimentos, mas, até o momento da publicação desta matéria, não obtivemos resposta.