Países europeus intensificaram a pressão para reabrir as negociações sobre a declaração final da cúpula do G20, que está sendo realizada no Rio de Janeiro. A informação foi publicada pela colunista Julia Duailibi.
O objetivo principal é fortalecer a posição do bloco em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, especialmente após os recentes ataques aéreos russos no território ucraniano. Como presidente do G20, o Brasil tem a autoridade para autorizar a revisão do documento final.
Na madrugada de domingo (17), os negociadores do G20 chegaram a uma versão preliminar do texto, que, embora concluída, ainda contém pontos de desacordo entre os países, segundo fontes ouvidas pelo blog.
Os representantes brasileiros, no entanto, demonstravam resistência em reabrir o texto, temendo que isso significasse um retrocesso, dada a dificuldade em avançar em questões sensíveis, como geopolítica e mudanças climáticas.
Entretanto, nesta segunda-feira (18), o cenário mudou. A pressão por parte dos países europeus aumentou, motivada por novos desdobramentos do conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
A movimentação ganhou força após o jornal "The New York Times" revelar que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance fornecidos pelos americanos contra a Rússia.
Em entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anfitrião do G20, afirmou que deverá dar uma recomendação para o fim dos conflitos mundiais no encontro de líderes.
O clima também entrou na mira dos países europeus. As potências europeias pressionam para que os países emergentes, como o Brasil, assumam compromissos no financiamento dos fundos destinados ao combate à emergência climática.