O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e possível candidato ao Palácio do Planalto em 2014, acredita que a aliança da ex-senadora Marina Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ?fortalece o campo político das oposições?. Aliados tucanos avaliam que a nova coligação é prejudicial para a campanha de reeleição de Dilma Rousseff.
Em viagem ao exterior, Aécio Neves disse, por meio de nota, que a decisão da pré-candidata de se filiar ao PSB ?é uma importante conquista do Brasil democrático?. O presidente do PSDB já declarou, publicamente, apoio à participação de Marina nas eleições do ano que vem. Depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recusar a criação da Rede Sustentabilidade, idealizada pela ex-senadora, Aécio chegou a acusar o PT de ?truculência? para tirá-la do páreo eleitoral. Para o senador, a filiação de Marina é uma reação frente ao governo. ?É uma resposta às ações autoritárias do PT, especialmente aos membros do partido que chegaram a comemorar antecipadamente a exclusão da ex-senadora do quadro eleitoral do próximo ano, com a impossibilidade de criação da Rede.?
Líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP) comenta que a dobradinha Eduardo e Marina gera a certeza de que a presidente Dilma Rousseff enfrentará um segundo turno na disputa do ano que vem. Ele rejeita a ideia de que a mudança possa prejudicar a campanha do pré-candidato tucano. ?Isso só dificulta a vida da presidente Dilma. Corta fundo na carne do PT?, acredita. Antes de passar pelo PV, a ex-senadora militou pela legenda durante 23 anos. Para Nunes, os eleitores de Marina e Eduardo são os mesmos apoiadores em potencial do PT. ?Eles não vão tirar os votos do PSDB. O nosso eleitorado é outro.?
Em relação à concorrência que a união de Eduardo e Marina pode representar frente à candidatura de Aécio, o presidente nacional do PSDB em exercício, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que ?ainda é cedo para fazer prognósticos?. ?O relevante fato político é que a ex-senadora estará nas eleições, o que nunca foi do agrado do governo Dilma.?