Partido espanhol quer que União Europeia corte relações com Brasil

Eurodeputados propõem que o Brasil não seja incluído em negociações

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O partido político espanhol pediu oficialmente nesta quinta-feira (1) que a União Europeia suspenda relações comerciais e políticas com o Brasil como forma de rechaçar o governo de Michel Temer.

De acordo com a agência EFE, o pedido partiu dos eurodeputados Xabier Benito e Miguel Urbán. Benito é membro da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu (PE) e Benito é o primeiro vice-presidente da Delegação para as Relações com Mercosul.

De acordo com a Revista Istoé, os eurodeputados propõem que o Brasil não seja incluído em negociações entre a União Europeia e o Mercosul.

"Nem desde o governo do Estado espanhol, nem desde o parlamento e a Comissão Europeia (CE) se deve legitimar o novo governo", disse Urbán. O deputado pediu ainda a "cessação imediata de qualquer relação comercial ou política até que seja restabelecida a legalidade e vontade das urnas", de acordo com a EFE.

Em um comunicado publicado no site do partido, que liderou uma onda de protestos contra políticos europeus, o Podemos diz que a democracia no Brasil está em xeque e pede ainda que a Espanha não reconheça o atual presidente da república e que considere o processo de impeachment que tirou Dilma Rousseff do poder seja considerado ilegal.

"A engenharia legislativa e as armadilhas parlamentares submeteram a vontade democrática do povo brasileiro, e é responsabilidade da comunidade internacional não reconhecer um governo que preferiu chegar no poder por esta via ilegítima, em vez de esperar novas eleições", diz o texto.

De acordo com o Estadão, a Comissão Europeia já afirmou que não há espaço para questionar o processo de impeachment. A UE acredita que as instituições democráticas do Brasil foram capazes de lidar com os desafios políticos da situação", afirmou.

A Espanha também segue em um cenário político incerto. Nesta sexta-feira (2), haverá uma nova votação no Congresso dos Deputados. Na última, o chefe do governo atual, Mariano Rajoy, não conseguiu obter maioria absoluta para tomada de posse.

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