Paulo Guedes diz que “barulho político” pode afetar crescimento econômico

Em 8 de setembro, o Ibovespa teve queda de 3,78%, a 113.413 pontos, e o dólar subiu

Paulo Guedes | Marcos Corrêa/PR
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (10) que o barulho político registrado nos últimos dias pode afetar o ritmo de crescimento da economia brasileira, gerando uma desaceleração.

"A pergunta é se poderia todo esse barulho sobre instituições e democracia atrapalhar essa bem posicionada economia. Minha resposta é: isso poderia gerar muito barulho, isso poderia desacelerar o crescimento, mas não mudaremos a direção [na economia]. Interrompemos a rota errada. Estamos de volta aos negócios", declarou, em evento transmitido pela internet.

Em 8 de setembro, o Ibovespa teve queda de 3,78%, a 113.413 pontos, e o dólar subiu. Na quinta-feira (9), porém, a bolsa de valores deu um salto após o presidente Jair Bolsonaro divulgar uma "Declaração à Nação" em que recua das ameaças golpistas.

De acordo com o ministro Paulo Guedes, o barulho está "muito alto" neste momento, por conta das manifestações registradas em 7 de Setembro. Ele acrescentou, porém, que houve apenas uma "celebração pacífica da democracia", pois não foram registrados atos de violência.

Ministro Paulo Guedes Foto:  Marcos Corrêa/PR

Declarações de Bolsonaro

Na avaliação de Guedes, o presidente Bolsonaro nunca transgrediu as regras democráticas com suas declarações, apesar de ele ter dito que não cumpriria mais decisões do ministro Alexandre Moraes, do STF.

"Está tentando muito ficar nas quatro linhas, como jogo de futebol, não saindo das regras do jogo. E a coisa bonita do Brasil é que, sempre que algum ator, seja um ministro do Supremo, presidente, quando trespassa, outras instituições aparecem e colocam dentro das quatro linhas", declarou.

De acordo com o ministro, pessoas cometem erros e, em algumas ocasiões, acabam ultrapassando seu espaço.

"Quando isso acontece, outras instituições demarcam território, dos dois lados", acrescentou.

Ele disse que os cidadãos têm direito de manifestar sua opinião com relação ao Supremo Tribunal Federal, mas nunca com violência pois isso atenta contra a democracia.

"Uma coisa é manifestar sua opinião sobre como as instituições estão trabalhando, mas não instigar a violência", afirmou.

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