PEC dos Auditores Fiscais é rejeitada na Assembleia Legislativa do Piauí

A orientação do Partido dos Trabalhadores sacramentou a decisão final

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que igualava o subteto dos auditores fiscais da Fazenda no Piauí ao salário dos desembargadores foi rejeitada ontem no plenário da Assembleia Legislativa. Necessitando de 18 votos favoráveis, o projeto conseguiu apenas 16 apoiadores em segunda votação em um universo de 24 parlamentares presentes à Sessão Ordinária. A orientação do Partido dos Trabalhadores sacramentou a decisão final.

O deputado estadual Merlong Solano (PT) foi um dos parlamentares que votou contra a proposta e reiterou que já havia avisado à classe sua posição na votação. “Sou totalmente contra, votei contra e comuniquei a categoria, e esperamos em relação ao pedido deles, encontrar uma solução através do diálogo ao longo da gestão do Wellington Dias, mas sem nem chegar perto da queda do teto”, declarou.

A medida elevaria o teto dos auditores para R$ 30 mil e de acordo com o parlamentar, esse seria um caminho perigoso à saúde financeira do Estado do Piauí. “Na minha concepção o salário do Governador como teto para o salário dos servidores do Executivo foi uma importante conquista da sociedade, no passado não havia esse teto e houve o descontrole, o aumento dos gastos de pessoal tendeu a crescer, chegando inclusive a atrasar salários”, concluiu.

Inconformado com a rejeição, o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Fazenda Estadual, Clésio Teixeira, declarou que continuará a lutar pela Proposta, apontando inclusive para uma conversa com o Governador eleito, Wellington Dias. “O mais importante é continuarmos lutando, estamos dispostos a conversar com o Governador eleito, eu acho que o primeiro caminho é do diálogo”, declarou. Porém, o líder da classe não descarta o fortalecimento de um movimento grevista caso haja perdas salariais. “A greve é o último direito que o servidor dispõe para lutar pelos seus direitos, se nós não chegarmos ao acordo e correr o risco de perdas salariais, vamos lutar com todas as armas que dispomos”, sintetizou.

Da base aliada do próximo governo, Merlong Solano (PT) revelou que acredita em um consenso antes que a situação chegue a tal ponto. “É natural, o sindicato tem autonomia, liberdade e pode se organizar, cuidaremos com isso a absoluta tranquilidade, a solução remete a um estudo jurídico, financeiro também, que a gente encontre uma saída financeiramente sustentável”, complementou.

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