Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (21) aponta o candidato do PSDB, José Serra com 36% das intenções de voto e Dilma Rousseff, do PT, com 29%. A pesquisa sobre intenção de votos para presidente foi encomendada pelo jornal Diário do Comércio. Os sete pontos percentuais que os separam eram cinco na pesquisa anterior do mesmo instituto (35% a 30%).
Segundo o jornal, o levantamento mostra os pré-candidatos Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva, do PV, empatados em terceiro lugar, com 8%. Em um possível segundo turno, Serra venceria com 46% dos votos e Dilma teria 37%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de abril com 2002 entrevistados em 141 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Datafolha
Na pesquisa Datafolha divulgada no dia 17 de abril, Serra tinha 38% das intenções de votos na corrida presidencial, e Dilma 28%. Uma diferença de 10 pontos percentuais.
No fim de março, Serra e Dilma tinham, respectivamente, 36% e 27%, segundo o mesmo instituto de pesquisa. A diferença era de nove pontos percentuais.
Sensus
Pesquisa do instituto Sensus divulgada no dia 13 de abril apontou empate técnico entre Serra (32,7%) e Dilma (32,4%). Na pesquisa anterior do mesmo instituto, divulgada no dia 1º fevereiro, Serra tinha 33,2% e Dilma 27,8%. A diferença entre os dois era de 5,4 pontos percentuais. Os dois já estavam tecnicamente empatados, devido à margem de erro de 3% da pesquisa.
Após a divulgação do último resultado da pesquisa, o PSDB recebeu autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fiscalizar a pesquisa, alegando que não foi respeitada a regra eleitoral que estipula o prazo de cinco dias para a divulgação, a contar do registro das informações no TSE.
A pesquisa foi registrada pelo instituto no dia 5 de abril, em nome do Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep). A entidade negou à imprensa que tivesse encomendado o levantamento, o que fez o instituto realizar um segundo registro, desta vez em nome do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo (Sintrapav), no dia 9.
A contar desse dia, a pesquisa só poderia ter sido revelada no dia 14 de abril, quando completaria os cinco dias exigidos pela norma, argumentam os advogados do PSDB. O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, afirmou que a alteração do nome do contratante foi feita dentro do prazo da pesquisa de campo e, por isso, não traria prejuízo à data de divulgação.
Métodos questionados
O jornal ?Folha de S. Paulo? questionou o instituto Sensus sobre a ordem das perguntas nos questionários de pesquisas. O Sensus pede que o entrevistado avalie o governo Lula antes de declarar em quem pretende votar para presidente. Segundo o jornal, críticos do método dizem que dada a alta aprovação de Lula, o entrevistado poderia se sentir compelido a declarar voto na candidata petista.
Ricardo Guedes, sócio e diretor do Sensus, afirma que o questionário seguiu "critérios acadêmicos". "A metodologia que a gente usa é academicamente legítima, com suporte na literatura," disse ele ao jornal. A Folha lembra que os institutos Datafolha e Ibope abrem a pesquisa perguntando em quem o eleitor pretende votar para presidente, para depois pedir que ele avalie o governo.