A notícia de que a presidente eleita Dilma Rousseff deverá manter a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no comando da pasta a partir de janeiro de 2011 provocou protestos dentro do PT. O anúncio da permanência de Izabella no comando do Meio Ambiente vem sendo tratado nos bastidores da equipe de transição. O nome da ministra deve ser confirmado nos próximos dias.
Durante cerimônia na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto instituindo o Macrozoneamento Econômico-Ecológico da Amazônia Legal (MacroZEE), ocorrida na manhã desta quarta-feira (1º) no Palácio do Planalto, integrantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT distribuíram nota na qual defendem a importância de instalar um "quadro político do PT" no comando do Ministério do Meio Ambiente.
Em dez parágrafos e sem mencionar o nome da ministra Izabella Teixeira, os petistas alegam que o governo Dilma tem o "objetivo estratégico de promover o crescimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental". Tal tarefa necessitaria, na visão dos partidários, de um quadro petista no comando da pasta ambiental.
"Destacamos, diante de toda essa conjuntura e dos desafios políticos que enfrentaremos na implementação do governo Dilma, a importância estratégica de retomarmos o protagonismo partidário na política ambiental brasileira, tendo à frente do MMA um quadro político do Partido dos Trabalhadores", diz trecho da nota distribuída pelos petistas.
O descontentamento dos petistas com a atual ministra ocorre justamente pelo fato de Izabella ser um quadro técnico da área ambiental e não pertencer a alas partidárias.