PF afirma que Bolsonaro redigiu, ajustou e 'enxugou' minuta que planejava matar Lula

A operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, e 15 medidas cautelares

Lula e Jair Bolsonaro | Montagem/MeioNews
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A Polícia Federal (PF) acordou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria redigido, ajustado e “enxugado” a chamada “minuta do golpe”, um decreto ilegal que previa intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse de Lula (PT) e convocar novas eleições. Segundo as investigações, Bolsonaro também teria se reunido com o general Estevam Cals Theofilo, então comandante do Exército, em 9 de dezembro de 2022, para buscar apoio militar para cumprir o plano.

Análises de mensagens trocadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, revelaram a participação direta do ex-presidente no texto do decreto. Cid teria informado ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, que Bolsonaro sofria “pressões para tomar uma medida mais pesada”, com o uso de força, por parte de parlamentares. Em uma das mensagens, Cid afirmou que Bolsonaro “enxugou o decreto” para torná-lo mais resumido.

 organização criminosa composta por militares

As descobertas fazem parte da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), para desarticular uma organização criminosa composta por militares da ativa e da reserva, conhecida como “kids pretos”. O grupo também teria planejado o assassinato de Lula, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A PF revelou a existência de um planejamento operacional chamado “Punhal Verde e Amarelo”, relacionado a crimes.

cinco mandados de prisão

A operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, e 15 medidas cautelares. Entre os presos estão Hélio Ferreira Lima, coronel das Forças Especiais, e Mário Fernandes, general e ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello. Além deles, foram detidos o major Rafael Martins de Oliveira, o major Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.

Autorizada por Alexandre de Moraes, a investigação destacou que o grupo utilizou técnicas militares avançadas para monitorar os alvos e coordenar ações clandestinas. A PF destacou o papel dos militares na elaboração de planos para atacar as instituições democráticas, reforçando as suspeitas de uma tentativa de golpe de Estado com participação de figuras de alto escalonamento.

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