A Polícia Federal apreendeu carros de luxo, computadores e centenas de documentos e uma quantia de R$ 3,67 milhões em espécie na Operação Politéia, um desdobramento da Operação Lava Jato. O dinheiro foi encontrado na terça-feira (14), no escritório de Carlos Alberto Santiago, empresário do setor de combustíveis
O dinheiro foi descoberto numa empresa alvo de um dos 53 mandados de busca e apreensão. Devido à grande quantidade de notas, o valor demorou para ser contabilizado. A PF não confirmou o nome da empresa que é alvo da operação. As buscas aconteceram em seis Estados e no Distrito Federal, com cerca de 250 policias envolvidos.
A apreensão faz parte da investigação do senador Fernando Collor (PTB-AL) na Lava Jato. O nome da operação (Politéia) é uma referência ao livro "A República" de Platão, que trata de uma cidade perfeita, cheia de virtudes, onde a ética prevalece sobre a corrupção.
Investigado pela Procuradoria Geral da República, o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello afirmou na tribuna do Senado, que a nova fase da Operação Lava Jato, que cumpriu mandados de busca e apreensão nas suas casas em Brasília e Maceió, foi truculenta e "extrapolou" todos os limites do estado democrático de direito e da legalidade. Já o Senado, em reação à entrada de policiais em apartamentos funcionais de senadores, disse que a medida "beira à intimidação".