PF confirma compra de votos pelo governador Jackson Lago

Análise preliminar confirmou autenticidade das gravaçõs feitas pelo ex-prefeito Mimi Cutrim

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O superintendente da Pol?cia Federal no Maranh?o, Augusto Gominho, confirmou em depoimento que acabou agora h? pouco no TRE o teor de v?rios flagrantes feitos pelos federais nas elei?es de 2006.

O delegado declarou que em an?lise preliminar a PF confirmou a autenticidade das grava?es feitas pelo ex-prefeito Mimi Cutrim (Nova Olinda), que denunciou o deputado federal Juli?o Amim (PDT) e o secret?rio J?lio Noronha (Ind?stria e Com?rcio), por tentativa de aliciamento mediante o pagamento de R$ 5 mil.

Confirmou tamb?m ter recibo informa??o do delegado da PF de Imperatriz quando da apreens?o R$ 17 mil e pris?o em flagrante do vereador Jo?o Menezes de Santana (Porto Franco). O vereador estaria comprando votos para os candidatos da coliga??o ?Frente de Liberta??o do Maranh?o?.

No entanto, o caso em que mais foi questionado foi em rela??o ? pris?o de Graziano Humberto Ferreira no dia da elei??o no segundo turno. Graziano foi preso em flagrante quando abastecia seu carro no posto Vista Alegre, em Pa?o do Lumiar, com nota de combust?vel da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), ent?o comandada pelo secret?rio Juscelino Pereira. Na ocasi?o, o frentista do posto tamb?m foi detido.

Gominho disse que no dia anterior ao segundo turno recebeu den?ncia an?nima de que a secretaria estava distribuindo notas de combust?vel, enxoval, colch?es, cadeiras de rodas, filtros e cestas b?sicas em troca de votos para favorecer o ent?o candidato do PDT. ?A den?ncia, muito detalhada, dizia que tudo era para votar em Jackson Lago?, ressaltou o delegado.

No ?rg?o, essa distribui??o era de responsabilidade dos assessores identificados por L?a e Roberto Tavares. Os produtos eram entregues em dep?sitos da secretaria no Vinhais e S?o Crist?v?o.

Ele acionou ent?o uma evang?lica, que n?o era policial, para ir ao ?rg?o checar a veracidade ou n?o da den?ncia. Na SDS, ela recebeu uma ficha para colocar nome de eleitores e em troca receberia os produtos.

Devido ao pouco tempo, a PF n?o prosseguiu na investiga??o porque teria de preparar um flagrante, o que invalidaria na justi?a a a??o policial. O superintendente partiu para investigar a den?ncia da distribui??o do combust?vel.

Mandou chegar se o posto Vista Alegre era contratado pela secretaria. Com essa confirma??o, ele mandou dois policiais ao local. No dia elei??o, Graziano e o frentista que o atendeu foram presos. O acusado abasteceu seu carro com uma nota de combust?vel do governo do Estado, apesar do ve?culo ser particular. O frentista foi orientado pelo patr?o a abastecer todos os ve?culos que chegassem ao posto com nota da secretaria.

Ao chegar ? PF, o acusado disse ter recebido a nota para votar em Jackson. ? Depois de receber a visita dos advogados da ?Frente de Liberta??o do Maranh?o? ele mudou a hist?ria. Disse que comprou a nota de outra pessoa?, declarou o delegado. Ap?s a conclus?o do inqu?rito, o caso foi mandado para o F?rum Eleitoral de Pa?o do Lumiar.

Gominho disse ainda ter recebido v?rias den?ncias no dia da elei??o dando conta que aeronaves estavam decolando de S?o Lu?s abarrotadas de dinheiro. No entanto, o ent?o procurador regional eleitoral Juraci Guimar?es queria que s? fossem fiscalizadas as aeronaves particulares.

?N?o, doutor. Se n?s formos l? ? para averiguar todo mundo?, respondeu Gominho. Ele afirmou recebido den?ncias de que at? o helic?ptero do governador Jos? Reinaldo estava transportando dinheiro.

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