PF deve indiciar suspeitos até então ocultos em novo relatório sobre golpe

Atualmente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, está analisando o relatório inicial da PF, entregue em novembro, que já indicia 40 pessoas.

Indiciados pela PF | Reprodução
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A Polícia Federal (PF) deve encaminhar, em breve, um relatório complementar ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. O diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, revelou a informação em entrevista ao jornal O Globo na última segunda-feira (6).

Segundo fontes ligadas às investigações, o relatório trará novos nomes de suspeitos que teriam desempenhado papéis secundários na organização criminosa, mas que conseguiram se manter ocultos até agora devido aos métodos de proteção de identidade utilizados pelo grupo. O documento também incluirá a análise de materiais apreendidos durante a Operação Contragolpe, realizada em dezembro, que resultou na prisão do general Braga Netto.

Atualmente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, está analisando o relatório inicial da PF, entregue em novembro, que já indicia 40 pessoas. Cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir sobre a apresentação de uma denúncia para iniciar uma ação penal no STF. O caso é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

A PGR trata o inquérito como prioridade, devido à gravidade das acusações e ao fato de haver investigados em prisão preventiva. No entanto, um auxiliar da PGR destacou que, apesar da urgência, as decisões não serão tomadas de forma precipitada.

Os crimes imputados pela PF incluem:

  • Abolição do Estado democrático de direito (pena de até 8 anos),
  • Golpe de Estado (pena de até 12 anos),
  • Organização criminosa (pena de até 8 anos).

Se o relatório complementar não for apresentado pela PF antes de uma eventual denúncia, a PGR poderá encaminhar um aditamento posteriormente ao STF.

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