PF faz buscas contra general da reserva acusado de participar do 8 de janeiro

Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma ordem de bloqueio de ativos e valores pertencentes ao investigado.

General Ridauto Lúcio Fernandes | Exército Brasileiro/Reprodução
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Na manhã desta sexta-feira (29/09), a Polícia Federal está executando um mandado de busca e apreensão em Brasília, direcionado ao general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes. Ele é acusado de envolvimento nos eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro e essa operação faz parte da 18ª fase da chamada Operação Lesa Pátria.

Durante o cumprimento do mandado, os agentes da PF apreenderam itens importantes relacionados ao general. Entre os objetos recolhidos estão um celular, uma arma e o passaporte de Ridauto. O militar, que se assustou com a operação, prestou depoimento na PF após ser intimado durante as buscas. Até o momento, não foi possível estabelecer contato com o general.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou também o bloqueio de ativos e valores do investigado, considerando o general como executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas.

Conforme apuração, o inquérito policial revela diversos depoimentos de vândalos presos, descrevendo a participação de indivíduos mascarados e de luvas incentivando a invasão ao Congresso Nacional. Os invasores foram convocados após a abertura de escotilhas de acesso ao teto do Congresso. A subida foi facilitada pela utilização de uma escada improvisada com gradis amarrados.

Ridauto Lúcio Fernandes, que anteriormente ocupou o cargo de diretor de Logística do Ministério da Saúde, estava ligado ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para essa função em julho de 2021 e exonerado em 31 de dezembro, no último dia do governo Bolsonaro.

A 18ª fase da Operação Lesa Pátria concentra-se em identificar supostos membros das Forças Especiais do Exército que teriam liderado as invasões nas sedes dos Três Poderes. Imagens sugerem a atuação inicial de indivíduos mascarados e com luvas, abrindo caminho para outros apoiadores de Bolsonaro acessarem o teto do Congresso Nacional.

A investigação também aponta para a possibilidade de uma atuação profissional durante os ataques, indicando que os envolvidos tinham conhecimento prévio do local e treinamento adequado.

LESA PÁTRIA

Os mandados executados nesta sexta-feira fazem parte da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que busca identificar os partidários do ex-presidente Bolsonaro que invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. De acordo com a Polícia Federal, os atos investigados configuram crimes como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens especialmente protegidos.

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