Oficiais da polícia da Itália acreditam que equipamentos eletrônicos apreendidos na ocasião da prisão do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, em Maranello, na Itália, na semana passada, podem conter informações inéditas e importantes a respeito do mensalão. A revelação foi feita por uma fonte da Interpol envolvida na investigação.
"Temos provas sólidas sobre a falsificação de documentos, mas suspeitamos de que haja informações sobre dinheiro e bens de Pizzolato na Europa, dentro do caso pelo qual ele foi acusado no Brasil", disse o policial. Segundo ele, o governo e a polícia italiana não conseguem examinar todas as informações por não compreenderem os meandros do processo do mensalão. Ontem, o diretor da Divisão de Cooperação Internacional da polícia italiana, Francesco Fallica, recebeu por mais de três horas o adido da Polícia Federal do Brasil em Roma, Disney Rosseti. Este pediu acesso a computador e tablet apreendidos com Pizzolato. A defesa do brasileiro deve apresentar até amanhã, ao Tribunal de Bolonha, recurso para pedir que possa acompanhar em liberdade o seu processo.
João Paulo. Em Brasília, o juiz Bruno André Silva Ribeiro negou ontem o pedido do petista João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara, para estudar fora da prisão. Em decisão publicada no site da Vara de Execuções Penais do DF, Ribeiro lembrou a exigência de que condenados primários cumpram o mínimo de um sexto da pena antes de receber tal benefício. Em princípio, Cunha cumpre 6 anos e 4 meses no regime semiaberto por peculato e corrupção passiva e aguarda decisão sobre condenação por lavagem de dinheiro.