A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira ao Ministério da Justiça a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato no processo do mensalão, mas fugiu para a Itália para não cumprir a pena. A documentação reúne 153 páginas e custou cerca de R$ 8 mil, pagos a uma empresa que presta serviços de tradução à PGR.
Considerado foragido desde novembro do ano passado, Pizzolato foi preso pela polícia italiana no dia 5 deste mês em Maranello. Ele fugiu para a Itália em setembro do ano passado e teve o nome incluído na lista de procurados pela Interpol, a polícia internacional, em mais de 190 países.
Mais cedo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu rapidez no envio às autoridades italianas do pedido de extradição. "Assim que recebermos da Procuradoria-Geral de República (o pedido traduzido para o italiano), daremos prosseguimento à tramitação interna que, no Ministério da Justiça, é muito rápida. Provavelmente, em 24 horas, já encaminharemos o pedido ao Ministério das Relações Exteriores para que seja remetido ao governo italiano", disse hoje o ministro.