Dados exclusivos obtidos junto a Secretaria do Tesouro Nacional, referentes ao quinto trimestre de 2019, mostram que o Piauí possui o segundo maior patamar de investimentos na comparação com os demais Estados brasileiros. O levantamento aponta que as despesas aplicadas em investimentos em solo piauiense chegam a 6% sobre a Receita Corrente Líquida (RCL), na maioria dos entes federativos, o indicativo fica entre 1% e 3%. Apenas o Ceará possui índice superior: 7%. Outros três Estados aparecem empatados com o Piauí na segunda posição, são eles: Espírito Santo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Na descrição dos gastos do Piauí, 66% é com pessoal e encargos sociais; enquanto 26% com custeio e 10% com serviço da dívida. O Estado ultrapassa a margem de 100%, o que pode apontar para um déficit no final do ano.
Após o Piauí, outros entes que se destacam com um bom indicativo de despesas com investimento, são: Alagoas e Distrito Federal. Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima e Rio Grande do Sul surgem na outra ponta como os entes com a menor descrição de despesas para investimentos, apenas 1%.
Diante desse indicativo, é importante ressaltar que há cerca de três anos, o Executivo sancionou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estipula um limite de despesas primárias aos Poderes por dez anos no Piauí, com a medida, a perspectiva é que os investimentos continuem crescendo e a meta é que superem 10% da receita. Para se ter uma ideia, em 2015 com os graves efeitos da crise o proporção de recursos destinadas aos investimentos foi de somente 3,5%.