Os cálculos do quociente eleitoral conseguiram eleger nove dos dez deputados federais piauienses no último dia 03 de outubro. O levantamento foi feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) e apontou que apenas 35 dos 513 deputados federais eleitos alcançaram individualmente o quociente eleitoral nos seus Estados. Já em 2006, 32 foram eleitos ou reeleitos com os seus próprios votos.
Bahia, Pernambuco e Minas Gerais elegeram cinco parlamentares sem ajuda da coligação enquanto Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo elegeram dois. Já o Acre, Distrito Federal, Piauí, Paraná, Rondônia e Roraima somaram apenas um representante. No Piauí, o campeão de votos para a Câmara Federal, Marcelo Castro (PMDB), que obteve 171.697 votos, ou 10,35% dos votos válidos do Estado, foi a excessão e conseguiu se eleger com os próprios votos.
No caso dos cargos majoritários de presidente, governador e senador, o candidato que tiver o maior número de votos válidos vence as eleições. Já os deputados são eleitos considerando o número de votos válidos e a quantidade total de votos do partido e da coligação. O quociente eleitoral - que é a divisão dos votos válidos pelo número de vagas do estado - determina a quantidade de deputados a que cada partido ou coligação tem direito.
A partir do quociente eleitoral é calculado o quociente partidário, onde são divididos os votos recebidos pela legenda pelo quociente eleitoral. O resultado dessa matemática é a quantidade de vagas que a coligação tem direito. Cabe aos candidatos mais bem colocados dentro da coligação preencherem as vagas. O democrata José Maia Filho, o Mainha - que foi suplente do deputado falecido Mussa Demes (DEM) - totalizou 89.884 mil votos (5,43%). Apesar de ter tido mais votos que Jesus Rodrigues, do PT, (com 69.101 votos, ou seja, 4,18%) Mainha não foi eleito por causa do quociente eleitoral. (S.B.)