O Plano Decenal de Expansão de Energia, com horizonte de 2027 (PDE 2027), apoiado pelo Ministério de Minas e Energia traçou uma projeção do setor de energias renováveis em todo o Brasil nos próximos anos. No Piauí, o levantamento que é produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que já há no Estado 92 empreendimentos no setor, sendo que destes, 69 envolvem a produção de energia eólica e 23 são empreendimentos solares fotovoltaicos. Todos foram contratados mediante leilão e juntos, possuem capacidade de aproximadamente 2,5 mil kW.
No caso específico do Piauí, o PDE aponta que os estudos realizados para a expansão das interligações Norte e Nordeste em função da entrada da usina de Belo Monte, do expressivo montante de geração eólica licitadas, em conjunto com uma grande quantidade de usinas térmicas instaladas na região Nordeste, resultaram na recomendação da nova SE Gilbués II e das linhas de transmissão em 500 kV Miracema Gilbués II (C1 e C2), Gilbués II, Barreiras II, (C1), Gilbués II, São João do Piauí (C1), P. Dutra, Teresina II (C3) e Teresina II, Sobral III (C3). Esse sistema foi licitado nos anos de 2012 e 2013, tendo a Abengoa como a proponente que arrematou quase todas as obras. “No entanto, devido aos severos problemas financeiros enfrentados pela empresa espanhola, esses empreendimentos não foram terminados, fato esse que torna incerta a data para a entrada em operação dos reforços. Referencialmente, nesse Plano Decenal, esses empreendimentos serão considerados como entrando em operação a partir de 2023”, indica o relatório.
Com a perspectiva para a conclusão dos empreendimentos, o Plano vislumbra um reforço estrutural no Piauí nos próximos anos, possibilitando o oferecimento de uma energia com ainda mais qualidade. “O reforço estrutural do sistema de transmissão responsável pelo atendimento a região sul do Piauí,licitado no ano de 2013, contempla uma linha de transmissão em 230 kV interligando as subestações Eliseu Martins e Gilbués II, com seccionamento em Bom Jesus e transformação 230/69 kV em Gilbués II e Bom Jesus II. Este reforço, com previsão de entrada em operação em agosto de 2017, proporcionará o atendimento a essa região com qualidade e confiabilidade até o ano de 2030. Para o escoamento do excedente de energia elétrica proveniente de usinas eólicas no estado da Bahia, foi recomendada a LT 500 kV Gilbués II, Gentio do Ouro II, que tem sua data de entrada em operação comprometida pela paralisação das obras da SE Gilbués II, de propriedade da Abengoa”, indica o levantamento.