O Escritório Técnico de Estudos Econômicos (Etene), vinculado ao Banco do Nordeste, divulgou na quarta-feira, 27 de março, um estudo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos entes federativos. O levantamento, que engloba os dados consolidados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2002 a 2016, sintetiza que o Piauí acumulou no período média de crescimento de 4% ao ano; é o melhor resultado do Nordeste na série histórica e o quinto do país, ficando atrás apenas de Tocantins, Mato Grosso, Roraima e Acre.
De acordo com o estudo, o PIB do Piauí alcançou a marca de 41,406 bilhões no ano de 2016, representando 0,6% das riquezas nacionais. No Nordeste também se destacaram o Maranhão (+3,7% ao ano), Paraíba (+3,5%); Ceará (+3,0%); Pernambuco (+2,6%) e Alagoas (+2,6%).
Os resultados no Piauí foram fortemente influenciados pela atividade de Serviços, que representou 50,7% do valor adicional bruto total. Também foi destaque a Indústria, especificamente na Produção de eletricidade e gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e contaminação e como também na Indústria de transformação. Já no Maranhão (+3,7%), o crescimento foi impulsionado pelos setores da Agropecuária e da Indústria, acompanhando o desenvolvimento do cultivo de soja no Estado e da indústria de transformação do alumínio, respectivamente.
Em relação à participação do PIB nas Unidades Federativas, especificamente no Nordeste, entre as nove Unidades Federativas da Região, seis apresentaram crescimento na participação do PIB brasileiro: Ceará, Maranhão e Pernambuco (+0,3 p.p. cada); Piauí (+0,2 p.p.); Rio Grande do Norte e Bahia (+0,1 p.p.). No entanto, Paraíba e Alagoas ficaram praticamente estáveis ao longo do período estudado; e, apenas, Sergipe (-0,1 p.p.) perdeu participação na economia Nacional entre 2002 e 2016. Entre os estados da Região, em 2016, Bahia, por sua vez, manteve-se como a sexta maior economia do País (com PIB Estadual de R$ 258,6 bilhões) e com a maior participação do PIB Nacional, com 4,1%. No período 2002- 2016, o estado baiano ganhou participação na economia brasileira de 0,1 p.p., quando respondia por 4,0% do PIB do País em 2002. O avanço decorreu por diversos fatores, desde o crescimento da Agropecuária, Construção e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados até o resultado em valor da atividade de Refino de petróleo e coque. O levantamento foi coordenado pela economista e gerente de produtos e serviços bancários do Etene, Hellen Saraiva Leão.