Poder 'destruidor': Fake News sobre o PIX atinge milhões e Governo Lula encomenda campanha urgente

A Secom aposta em ações educativas, respostas rápidas e na regulação de plataformas digitais como ferramentas para enfrentar essa situação.

Sidônio Palmeira é o novo líder da Comunicação no Governo Federal. | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A disseminação de informações falsas sobre uma suposta taxação de transferências realizadas pelo Pix se tornou um dos maiores desafios para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) na gestão do governo Lula (PT). Um levantamento recente revelou que publicações críticas relacionadas ao tema alcançaram 25 milhões de visualizações na última semana. A distorção da nova norma da Receita Federal, que visa monitorar transações financeiras acima de R$ 5 mil por mês, foi amplificada por figuras da oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

posse

Sidônio Palmeira, que assumiu formalmente a liderança da Secom nesta terça-feira (14), enfrenta um ambiente dominado pela rápida disseminação de desinformação. Para lidar com esse cenário, sua equipe planeja ações imediatas, incluindo uma campanha envolvendo as agências Calia, Nacional, Propeg e Nova. Segundo Palmeira, o combate às fake news exige agilidade e inovação: “não podemos deixar a fake news entrar sozinha. Primeiro, você precisa passar verdade e depois desfazer a mentira”.

confusão

A confusão teve início após a Receita Federal anunciar a obrigatoriedade de que instituições financeiras reportem movimentações mensais superiores a R$ 5 mil realizadas por pessoas físicas. A medida, que abrange diferentes modalidades de transações, como TEDs, saques e depósitos, foi deturpada por setores da oposição. Flávio Bolsonaro chegou a afirmar que a norma “acaba com o sigilo bancário em todo o Brasil”.

resposta

Em resposta, o presidente Lula desmentiu os boatos em um vídeo gravado de forma descontraída, no qual realiza uma transferência via Pix para a Arena Corinthians, ironizando as alegações falsas de cobrança de impostos. A ideia do vídeo foi sugerida pela primeira-dama, Janja da Silva, preocupada com os impactos das fake news. A gravação já acumula quase 15 milhões de visualizações.

distorções

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também reagiu às distorções, afirmando que “está circulando uma fake news que prejudica o debate público e a democracia”.

Especialistas apontam que a oposição bolsonarista utiliza temas sensíveis, como impostos e arrecadação, para fomentar desinformação. Marco Aurélio Ruediger, da FGV, destaca que essas estratégias dificultam a comunicação entre o governo e determinados grupos sociais.

mais casos 

Casos recentes, como as falsas alegações sobre o financiamento público de um show da cantora Madonna e as mentiras envolvendo a atuação federal nas enchentes do Rio Grande do Sul, reforçam a necessidade de respostas eficazes. A Secom aposta em ações educativas, respostas rápidas e na regulação de plataformas digitais como ferramentas para enfrentar essa situação.

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