Polícia do DF indicia Jair Renan por suspeita de fraudar documentos para empréstimo

O inquérito aponta que Jair Renan se beneficiou parte dos valores obtidos ilicitamente

Jair Renan | Reprodução
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A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu uma investigação e formalizou o indiciamento de Jair Renan Bolsonaro, conhecido como "zero quatro", filho do ex-presidente Jair Bolsonaroe de Maciel Alves de Carvalho por uma série de crimes, incluindo falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Agora, caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não denúncia à Justiça. 

De acordo com o relatório da investigação, Jair Renan e Maciel Alves teriam falsificado quatro declarações de faturamento da empresa RB Eventos e Mídia, que pertencia ao filho do ex-presidente, com o objetivo de obter um empréstimo bancário. Essas falsificações indicavam um faturamento inexistente de R$ 4,6 milhões em um período de um ano, entre 2021 e 2022.

"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", relata a polícia.

O inquérito aponta que Jair Renan se beneficiou parte dos valores obtidos ilicitamente, utilizando-os para pagar a fatura do cartão de crédito de sua empresa, totalizando cerca de R$ 60 mil. Além disso, o relatório policial destaca que os suspeitos buscaram aumentar o valor do empréstimo por meio de novos financiamentos, totalizando uma dívida com o banco de R$ 360.241,11 em dezembro de 2023.

A investigação também revela indícios de lavagem de dinheiro, onde os valores do empréstimo passaram por contas de uma pessoa fictícia antes de chegar aos suspeitos. O relatório aponta que Jair Renan e Maciel Alves teriam praticado também o crime de estelionato, porém, não foram indiciados por esse crime devido à ausência de representação criminal por parte da vítima, que neste caso seria o banco.

As defesas dos acusados não comentaram diretamente sobre o indiciamento. O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, preferiu não se pronunciar devido ao sigilo do caso, enquanto o advogado de Maciel Alves de Carvalho, Pedrinho Villard, afirmou que seu cliente já foi absolvido anteriormente e espera uma nova absolvição neste caso.

Até o momento, não foi possível localizar a defesa de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, que passou a ser proprietário da RB Eventos e Mídia no ano passado, conforme mencionado no relatório da investigação.

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