A Polícia Federal (PF) entregou na última quinta-feira ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o relatório complementar que faltava no inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Com a entrega do documento, a PF considera o caso Marielle definitivamente encerrado.
No entanto, ainda há pendências a serem resolvidas por Moraes. Entre elas, o pedido do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa para ser ouvido na investigação. Rivaldo, acusado de ser o mentor intelectual do crime, e os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do assassinato, não foram interrogados pela PF após a operação Murder Inc., desencadeada no final de março para prendê-los.
Desde então, os três permanecem em diferentes presídios federais. A menos que Moraes decida atender ao pedido de Rivaldo – que em um bilhete enviado ao ministro chegou a pedir "pelo amor de Deus" para ser ouvido na investigação – os três só terão a chance de depor após a decisão do ministro sobre se acata ou não a denúncia já feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Caso Moraes decida autorizar o depoimento, ele será feito no âmbito do gabinete do ministro e não mais como peça do inquérito, que já está concluído.
Próximos passos:
Avaliação da denúncia da PGR: A próxima etapa do caso é o ministro avaliar se aceita ou não a denúncia da PGR.
Manifestação da defesa: No momento, está aberto o prazo para a manifestação dos advogados de defesa, que já pediram mais tempo e acesso à íntegra do material apreendido nas operações da PF.