A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) e seu ex-sócio, o advogado Carlos Zucolotto Júnior, estão sob investigação por parte da Polícia Federal. As acusações incluem crimes de concussão, fraude processual, organização criminosa e lavagem de capitais. Além disso, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), marido de Rosangela, também será alvo de uma investigação conduzida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
A decisão do ministro Toffoli foi motivada pela necessidade de apurar denúncias de ilegalidades na Operação Lava Jato, feitas pelo empresário Tony Garcia. Entre os investigados estão também os ex-procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Fernando de Santos Lima, e o atual procurador regional da República Januário Paludo.
O Brasil 247 teve acesso exclusivo à decisão do ministro que autoriza a abertura do inquérito contra o ex-juiz e os procuradores da Lava Jato.
Em entrevista ao 247 no ano passado, o empresário Tony Garcia alegou ter sido coagido por Moro a fornecer informações falsas à revista Veja, a fim de comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). Garcia também afirmou que, a pedido do ex-juiz, gravou ilegalmente o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. De acordo com Garcia, Moro teria exercido pressão sobre a rede Walmart e transformado "Curitiba na Guantánamo brasileira".