Policiais acusados de executar vereador têm a soltura mantida pela Justiça

Valdeci e Bruno foram presos preventivamente durante a fase de investigação sob suspeita de terem executado Wander Meleiro a tiros.

Bruno César está à esquerda e o Valdeci é direita... veja mais em https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/tj-nega-pedido-do-mp-e-mantem-soltos-policiais-acusados-matar-ex-vereador. | Reprodução Bruno César está à esquerda e o Valdeci é direita... veja mais em https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/tj-nega-pedido-do-mp-e-mantem-soltos-policiais-acusados-matar-ex-vereador. | Foto: Reprodução
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A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) rejeitou, nesta quarta-feira (20), o pedido do Ministério Público Estadual (MPMS) para restabelecer a prisão preventiva dos policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos. Os dois são acusados de envolvimento no homicídio qualificado do ex-vereador e ex-secretário municipal Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vidal, ocorrido em maio de 2024, em Anastácio.

FUNDAMENTOS DA DECISÃO

Os desembargadores consideraram que os acusados, soltos há mais de quatro meses, não descumpriram medidas cautelares, não cometeram novos crimes e tampouco tentaram influenciar testemunhas. Diante disso, o tribunal entendeu que não havia razão para a retomada da prisão, afastando a tese do MPMS de que a detenção seria necessária para preservar a ordem pública e garantir o andamento regular do processo.

ACUSAÇÃO E CONTEXTO DO CRIME

Valdeci e Bruno foram presos preventivamente durante a fase de investigação sob suspeita de terem executado Wander Meleiro a tiros. De acordo com o MP, os dois atuavam como seguranças de um pré-candidato à Prefeitura de Anastácio e teriam emboscado a vítima na BR-262. A denúncia inclui agravantes como motivação torpe e uso de meio que dificultou a defesa da vítima.

SUBSTITUIÇÃO DA PRISÃO POR MEDIDAS CAUTELARES

Em novembro de 2024, a Justiça substituiu a prisão preventiva dos acusados por medidas cautelares, como a manutenção do endereço atualizado. O MP recorreu, alegando que a liberdade dos réus poderia comprometer a investigação e o andamento processual, mas a 1ª Câmara Criminal do TJMS negou o recurso.

POSIÇÃO DA DEFESA

Os advogados dos policiais comemoraram a decisão e reafirmaram confiança na justiça. Em nota, a defesa declarou que "a decisão é acertada, pois não há elementos que justifiquem a prisão". Segundo os representantes legais, os acusados "agiram em legítima defesa e no estrito cumprimento do dever legal". A expectativa da defesa é que ambos sejam absolvidos ao final do julgamento.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a negativa do recurso, Valdeci e Bruno seguirão respondendo ao processo em liberdade, enquanto o caso avança para a fase de julgamento.

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