Depois de reforma e revitalização, a reinauguração do Complexo Porto das Barcas que ocorrerá nesta sexta-feira, 2, em Parnaíba, é a realização de um sonho que será concretizado.
A obra é aguardada pela população há quase 50 anos e será entregue pelo governador Wellington Dias e pelo secretário estadual da Cultura, Fábio Novo, e será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube do governo do Estado.
A obra contemplou todo o espaço físico do Complexo, com 10 mil metros de construção recuperados, desde a estrutura, cobertura, pavimentação, esquadrias, pintura e instalações, sendo a maior obra de revitalização do patrimônio histórico piauiense, que, além disso, contempla as lojas, pousada, galpão, restaurante, e a criação da Praça das Ruínas, que vai se chamar Cosme Sousa, em homenagem ao historiador e funcionário de carreira da Secult, que idealizou esse espaço.
Valorização do conjunto arquitetônico
Além da revitalização do Porto das Barcas, houve também a valorização do conjunto arquitetônico, instalação do píer para a volta das embarcações que saem em direção a destinos turísticos na região, ateliê, biblioteca e uma museografia.
Museu do Mar
Na ocasião será inaugurado também o maior do museu do Piauí, o Museu do Mar do Delta do Parnaíba Seu João Claudino, que foi criado para comportar um acervo baseado em pesquisas sobre a região. Entre as peças, está a ossada de um peixe-boi, um esqueleto de baleia cachalote, que possui 16 metros de extensão, a réplica e esqueleto de um boto cinza, um dos animais típicos do Delta do Parnaíba, além de barcos em tamanho real.
Segundo o arquiteto Paulo Vasconcelos, idealizador do projeto, o acervo do Museu do Mar está dividido em três seções. Na primeira, se encontram peças e decoração que levam em consideração a etnografia, o homem do Delta e a sua relação com as atividades pesqueiras e de sobrevivência, bem como seus costumes e crenças. A segunda seção é dedicada à natureza do Delta do Parnaíba, nela são tratadas as questões ambientais, e também é nesse espaço que estão os esqueletos do boto cinza, do peixe-boi e da baleia, além de réplicas desses e de outros animais. Já a terceira seção é dedicada à tecnologia náutica e sua evolução ao longo dos anos.