A relação das quase duas centenas de parlamentares que respondem a ações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), como mostra levantamento publicado na edição número 3 da Revista Congresso em Foco, que chega às bancas nesta semana, é democrática: reúne desde políticos sem grande expressão, do chamado ?baixo clero?, até ocupantes de funções de destaque no Congresso. São 13 presidentes de comissões permanentes, nove líderes partidários, sete titulares ou suplentes da Mesa Diretora, oito membros da CPI do Cachoeira e 20 integrantes do Conselho de Ética da Câmara e do Senado, além de uma infinidade de ex-governadores e ex-prefeitos.
Em quatro estados, mais da metade da bancada federal responde a acusações no STF: Mato Grosso, Alagoas, Amazonas e Rondônia. O caso mais crítico é de Mato Grosso, que tem oito de seus 11 representantes no Congresso (73%) às voltas com denúncias criminais.
Só cinco dos 22 partidos com assento no Parlamento federal não possuem representantes acusados criminalmente, mas são bancadas pouco expressivas do ponto de vista numérico. A maior delas é a do Psol, que tem três deputados e um senador. Proporcionalmente, os partidos mais encrencados são, em ordem decrescente, o PRB, o PP, o PMDB, o PSC e o PR. Varia entre 50 e 40% o percentual de parlamentares desses partidos que estão sob investigação. Isso para não falarmos dos nanicos PMN e PRP, que atingiram 100%. Têm um só deputado cada, e ambos respondem a denúncias no STF. Em números absolutos, o PMDB mantém confortável liderança, seguido por PP, PT, PSDB e PSD.