No desdobramento do incidente ocorrido na Praia de Pirangi durante uma festa no último sábado, 27, o prefeito de Ceará-Mirim (RN), Júlio César Câmara (PSD), compartilhou em suas redes sociais imagens que evidenciam diversas lesões em seu corpo, alegando ter sido alvo de uma agressão injustificada por parte do deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade).
O gestor municipal, que descreveu ter sido "covardemente agredido", apresentou em sua postagem fotos retiradas das redes sociais de Luiz Eduardo, alegadamente tiradas um dia após o incidente. Júlio César argumenta que essas imagens comprovam que não houve um confronto, mas sim uma agressão por parte de Luiz Eduardo contra ele. Nas fotos, o deputado aparece ao lado de seus apoiadores em situação normal.
"Apresento essas imagens do dia de ontem para reflexão. As minhas foram capturadas pelo meu celular. As do deputado, retiradas das redes sociais. Fica a pergunta: Quem agrediu quem? Basta observar meu estado e o dele para tirar suas conclusões. Não é justo igualar vítima e agressor. Fui covardemente agredido, não houve briga. Houve uma agressão inesperada e abrupta", destacou Júlio César na legenda.
Ao longo da publicação, o prefeito reafirma que Luiz Eduardo possui conhecimentos em artes marciais, estava acompanhado por seguranças durante o evento e encontrava-se embriagado. Júlio César alega ter sido alvo de uma agressão sem motivo aparente.
"Minhas disputas sempre foram conduzidas pelo diálogo e pelo debate. Não tenho histórico de agressão, de confrontos físicos. Nunca enfrentei processos dessa natureza, ao contrário dele, que responde a vários, inclusive com condenações. Não é fácil expor essas imagens, mas devo à comunidade e aos meus filhos a verdade. São muitos hematomas. Como poderia tê-lo agredido se o mesmo não apresenta um único hematoma ou sinal de violência? Cumpriu sua agenda normalmente. Aqui temos uma vítima e um agressor, e não dois brigões como tentaram sugerir", afirmou o prefeito.
Adicionalmente, Júlio César informa que submeteu-se a exame de corpo de delito e solicitou uma medida protetiva, sendo que o parecer do Ministério Público foi favorável à medida. O desfecho do caso aguarda julgamento judicial.