Prefeitos se unem para viabilizar Trem Turístico na Mata Atlântica; saiba como funcionaria!

Ficou acordada uma visita ministerial à região, prevista para o final de janeiro ou início de fevereiro, com o intuito de detalhar a proposta e suas potencialidades.

O trem para os turistas na região da Mata Atlântica pode voltar. | CLICK PETRÓLEO E GÁS
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Líderes municipais de sete cidades do Sul Fluminense se reuniram na última sexta-feira (10) para debater a reativação do eixo ferroviário entre a região Sul Fluminense e a Costa Verde, além da reimplantação do Trem Turístico da Mata Atlântica. Participaram do encontro os prefeitos Antônio Francisco Neto (Volta Redonda), Luiz Furlani (Barra Mansa), Aluísio D’Elias (Quatis), Babton Biondi (Rio Claro), Claudio Ferreti (Angra dos Reis) e Luiz Fernando Pezão (Piraí), além do deputado estadual Munir Neto.

ROTA DO CAFÉ E CALCÁRIO

Um dos focos do projeto discutido é a implementação da chamada “Rota do Café e Calcário”, que conectará Varginha, em Minas Gerais, ao Porto de Angra dos Reis. O objetivo é reestruturar trechos ferroviários como Varginha/Bhering (Lavras, MG) e Barra Mansa/Angra, visando agilizar o transporte de commodities, especialmente o café, cuja produção em Minas Gerais representa cerca de 40% do total nacional.

FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA

Péricles Aguiar, presidente da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) do Sul Fluminense, esclareceu que a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) está devolvendo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) diversos trechos ferroviários em seis estados, incluindo o Rio de Janeiro.

“Para que essa devolução aconteça, é necessário o pagamento de uma indenização, avaliada em cerca de R$ 3,5 bilhões. O projeto prevê que o café da região de Varginha seja exportado via Porto de Angra dos Reis. Para isso, precisamos reconstruir a ligação ferroviária entre Barra Mansa e Angra. Estamos solicitando ao Dnit que parte desse valor indenizatório seja destinado à nossa região para financiar a recomposição da linha, um investimento estimado em R$ 600 milhões”, explicou Péricles.

IMPACTOS ECONÔMICOS

Delmo Pinho, assessor da presidência da Fecomércio-RJ, apresentou às autoridades os impactos econômicos que a reativação ferroviária pode trazer. 

“Essa conexão ferroviária transformará a logística local e regional, tornando-a um modelo tanto para carga quanto para passageiros. Onde há logística eficiente, muitas empresas e indústrias se instalam, impulsionando o desenvolvimento. O Sul Fluminense dará um grande salto em infraestrutura e economia”, destacou Delmo.

REUNIÃO

Ao final da reunião, os prefeitos entraram em contato com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para apresentar o projeto. Ficou acordada uma visita ministerial à região, prevista para o final de janeiro ou início de fevereiro, com o intuito de detalhar a proposta e suas potencialidades.

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