Atendendo à convocação da Câmara Municipal de Teresina, o presidente da Fundação Hospitalar de Teresina, Aderivaldo Andrade, foi ao encontro de vereadores para explicar a atual situação do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Ele informou que o custo mensal é de 11 milhões de reais e a maior parte deste valor é desembolsada pela Prefeitura, cerca de R$ 7 milhões, aproximadamente 64% do total gasto. O restante é custeado pelo governo federal, R$ 2,5 mi, e pelo governo do estado R$ 1,5 milhão, utilizados para o custeio dos 387 funcionários.
Aderivaldo falou também sobre a origem dos pacientes do Hospital. Segundo ele, 55% dos atendimentos são advindos do interior do Estado; 15% do Estado do Maranhão e apena 30% são oriundos de Teresina.
Segundo o presidente, o HUT realizou, em 2013, cerca de 2.400 cirurgias. Ainda assim a situação do hospital vem se agravando devido às obras de 20 leitos.
?A necessidade de apoio é urgente e é vital? Na análise do gestor, o Hospital não suporta mais toda a demanda de urgência nestes últimos tempos. ?Nós sobrevivemos sozinhos com um único hospital de urgência funcionando 24 horas.
O Hospital Getúlio Vargas (HGV) não evolui e o Hospital Universitário (HU) está reiniciando de maneira tímida. O HUT não tem condições de ser nossa única urgência de grande porte?, avalia e afirma que o funcionamento da urgência clínica no HGV seria a luz no fim do túnel e poderia desafogar o HGV.
O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT), que requereu a reunião, afirmou que a participação do Estado no custeio das despesas do HUT deveria ser maior, tendo em vista que a maior parte dos atendimentos é proveniente do interior do estado.
Aderivaldo argumenta que tanto o governo do estado, quanto o governo federal deveriam ampliar aportes nos recursos do Hospital. Também defende que os hospitais do interior se estruturem para fazer co, que retaguarda funcione.
O vereador Paulo Roberto (PTB) cobrou a entrega do Hospital do Monte Castelo e das Unidades de Pronto- Atendimento (UPA) do Renascença, Promorar e Satélite. Segundo o presidente da Fundação Hospitalar, a obra da UPA do renascença será entregue em agosto, ou no máximo até setembro.
As UPAs do Promorar e do Satélite ficarão prontas ano que vem. Ele explicou também que houve atrasos nos repasses do Hospital do Monte Castelo. Além disso, o empreiteiro devolveu a obra, e por isso ela está sendo licitada novamente.
No final da reunião, o vereador Rodrigo Martins afirmou que vai encaminhar documento ao governo do Estado solicitando regulação de leitos. Desta maneira será realizado um procedimento para identificação de onde há leitos no estado e como a demanda pode ser distribuída para desafogar a capital. A Câmara vai pedir que o Governo do Estado providencie o quanto antes. Também serão cobrados mais recursos do governo federal.