Prêmio Nobel da Paz discursa sobre 'golpe' e apoia Dilma no Senado

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi um dos que reclamou.

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Em visita ao Senado Federal, o prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, disse estar preocupado com a possibilidade de estar em curso no Brasil “um possível golpe de estado”. A fala deixou senadores que defendem o afastamento de Dilma Rousseff e um futuro governo do vice Michel Temer indignados.

"Logicamente, há dificuldades e esperamos que isso se possa resolver entre o povo brasileiro. Neste momento, há grandes dificuldades e um possível golpe de estado, que já ocorreu em outros países como Honduras e Uruguai, com a mesma metodologia. Neste momento, mais que os interesses partidários estão os interesses dos brasileiros e de toda América Latina”, afirmou o prêmio Nobel, em plenário.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi um dos que reclamou. Ele ressaltou que o prêmio Nobel é um homem honrado e "que tem uma posição a respeito do que ocorre no Brasil. Uma posição no meu entender absolutamente equivocada”.

Para o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), é intolerável que um “não-senador” interrompa uma sessão do Senado para "vir se somar a um discurso politiqueiro, a um discurso que vem sendo feito de forma irresponsável, para denegrir a imagem do Brasil, porque aqui não há golpistas".

Após as reclamações, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu para tirar o termo ‘golpe’ do discurso de Pérez dos arquivos da Casa.

Mais cedo, o argentino encontrou com a presidente Dilma Rousseff. No Palácio do Planalto, ele fez um discurso semelhante ao do Senado. Disse que “esses golpes brandos já se colocaram em prática no continente em países como Honduras e Paraguai”. Ele explicou ainda que este tipo de metodologia não usa as Forças Armadas.

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