A presidente Dilma Rousseff, por meio de sua secretaria de impresa, emitiu uma nota de pesar em que se diz "consternada e indignada" pela execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, ocorrida por volta das 15h30 (horário de Brasília) deste sábado, na Indonésia. A nota diz ainda que "o Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas".
O brasileiro foi condenado à pena de morte em 2004 por tráfico de drogas. Ele tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína, escondidos em partes de uma asa-delta desmontada em sete bagagens. Esta foi a primeira punição do tipo aplicada a um brasileiro no exterior. Um outro brasileiro, Rodrigo Muxfeldt Gularte, também foi condenado à morte por tráfico de drogas e tem sua execução marcada para fevereiro.
VEJA NA ÍNTEGRA:
A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia. Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.
A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo. O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países. Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada. O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.
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