A presidente Dilma Rousseff criticou ontem, em evento no Rio de Janeiro, o que chamou de ?terrorismo informativo? em relação ao Brasil. Ela usou a expressão depois de se referir a informações que ?vocês têm visto na imprensa? de que o país passa por ?momento de dificuldade?.
?Críticas, todo mundo tem de ter a humildade de aceitar. Agora, terrorismo, não. Fazer estardalhaço e terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não. E eu vou dar um exemplo do que eu estou falando.
Eu estou falando, por exemplo, se vocês lembrarem bem, que eles diziam que no Brasil ia ter racionamento no início deste ano. Agora, não falam mais nada, porque está claro não só que o Brasil tem energia suficiente, mas também que nós fomos capazes de reduzir a tarifa de energia?, declarou a presidente.
A presidente falou a moradores e autoridades em cerimônia no complexo esportivo da Rocinha, durante anúncio de investimentos de R$ 2,6 bilhões em infraestrutura urbana e equipamentos sociais na Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho.
Segundo Dilma, o Brasil é atualmente ?um dos países mais sólidos do mundo, país que, em meio à crise econômica das mais graves, talvez a mais grave desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo?.
No evento, Dilma também afirmou que não pretende diminuir investimento ou gastos sociais.
?Nós não iremos diminuir os investimentos que beneficiam o povo brasileiro. Sabe por quê? Porque essa é nossa prioridade. Temos recurso suficiente para manter investimento e gastos sociais.
E vamos fazer isso de uma forma séria, responsável, garantindo solidez do gasto público e mantendo a inflação sobre controle.? INFLAÇÃO - No discurso, a presidente voltou a se referir à prioridade do governo no combate à inflação, o que já fizera em outras ocasiões nesta semana.
Segundo ela, o governo ?jamais? deixará que os preços fujam do controle e pediu às pessoas para que ?não deem ouvidos? para os que dizem o contrário.
?Tem outra coisa que quero dizer sobre inflação: nós jamais deixaremos que a inflação volte a este país. Hoje, ela está sob controle. Ontem, ela estava sob controle e continuará. Por isso peço quer não deem ouvidos para esses que jogam se- mpre no ?quanto pior me-lhor?, afirmou.