O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, sobreviveu a um pedido de impeachment liderado pela oposição no Parlamento neste sábado (7), após um boicote de seu partido, o Partido do Poder Popular (PPP). Durante a votação, vários deputados aliados ao presidente deixaram o plenário em protesto, seguindo as orientações do partido. Embora o Partido Democrata, principal oposição, tenha apresentado um movimento, a falta de apoio suficiente impediu a aprovação do impeachment.
De acordo com a oposição, o boicote foi determinante para a derrota do movimento, já que o impeachment só seria possível com dois terços dos votos no Parlamento, o que exigia 200 dos 300 parlamentares. Mesmo com o apoio de 192 assentos, o Partido Democrata não conseguiu os oito votos adicionais necessários ao PPP. A derrota do impeachment deve intensificar os protestos públicos que pedem a saída de Yoon, apesar do apoio popular ao impeachment, conforme indicam as pesquisas.
lei marcial
Yoon foi acusado de violar sua constituição ao decretar a lei marcial no dia 3 de dezembro, após uma crise política crescente e baixo índice de aprovação. O presidente justificou o decreto como uma medida para proteger o país contra infiltrações pró-Coreia do Norte, mas a ação gerou forte oposição e protestos em todo o país. Em um pronunciamento, Yoon se descobriu publicamente e disse que a medida foi tomada por desespero, sem, contudo, apresentar sua renúncia.
A crise política se intensificou após Yoon prometer mudanças no governo e políticas econômicas em resposta ao fortalecimento da oposição, que ganhou ampla vantagem nas eleições parlamentares de abril. A oposição, por sua vez, aprovou medidas de investigação e rechaçou o orçamento governamental, o que gerou prejuízo com o gabinete presidencial, especialmente após a declaração da lei marcial.
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